Até dá para rir

Fiagris


No dia 25 de Julho do corrente ano escrevi o Post “O Flop – parte III” que tinha, entre outras coisas o seguinte conteúdo:

“Ontem, último dia da Fiagris, venderam-me um bilhete com o número onze mil e qualquer coisa.
Não diz tudo, mas já diz alguma coisa.
Estou mesmo à espera das parangonas dos jornais dizendo que a Fiagris foi um sucesso (perguntem aos expositores) e que teve mais de 50 mil espectadores.
Já nada me admira, nada mesmo.”

Depois disso, quem leu o site da Câmara de Seia ou o Jornal Porta da Estrela pôde ver que aquilo que eu previa foi o que foi anunciado.
Ora, como eu não tenho o dom da adivinhação - caso contrário já me teria saído o euromilhões – esta minha premonição já adivinhava o que por aí vinha, ou seja, quando mandei aquele número para o ar foi porque já imaginava que iriam apregoar numeros desta ordem.

A Fiagris não teve 50.000 visitantes nem foi o sucesso apregoado.
Eles próprios admitem que falharam na organização e quando dizem que os expositores ficaram contentes tal afirmação não corresponde à verdade, pois muitos houve que ficaram descontentes, e muito, desde expositores do pavilhão, a expositores de tenda, assim como de artesanato (vejam os meus posts anteriores sobre a Fiagris onde relato essas queixas que a mim chegaram).

Estas parangonas, como eu dizia que esperava e que já não me admiravam, mais não são que campanha política de Eduardo de Brito para a Câmara.

Tudo isto demonstra que a FIAGRIS está a ser usada para promoção de uma candidatura.

Mas o que ficam são as seguintes questões e apelos:
Mostrem os custos e os resultados da Fiagris, nomeadamente os bilhetes vendidos, os realmente vendidos, para vermos onde estiveram 50.000 pessoas.

Digam quantas pessoas foram mais que um dia à Feira?

As pessoas que foram 3 e 4 vezes contam como 3 e 4 pessoas diferentes?

A contabilidade, diz-se em alguns meios, pode ser criativa, mas os olhos de quem andou na Fiagris não se deixam enganar, pois quem viu sabe bem o que foi, ou não foi, a Fiagris.

Nuno Almeida