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  • quinta-feira, janeiro 26, 2006

    quinta-feira, janeiro 26, 2006

    A VITÓRIA DO HAMAS

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    A vitória do Hamas é um grave retrocesso no processo de paz entre Israel e a Palestina e pode ter uma influência decisiva nas eleições legislativas Israelitas, somando pontos a favor dos radicais de extrema directa. Muito pior que a saída de cena de Ariel Sharon, que acabou por ser calmamente substituído por Ehud Olmert, estes conseguiam dialogar com Mahmud Habas, líder da Autoridade Palestiniano suportado pela Fatah, apesar de todas as críticas por este não conseguir desarmar os grupos terroristas como o Hamas e a Jihad Islâmica ou as Brigadas do Mártires de Al-aqsa.
    O Hamas Já declarou querer formar coligação com a Fatah, mas esta recusou por dizer que não pode governar com um grupo que não reconhece Israel. No entretanto, o actual Governo já apresentou a demissão.
    Com o Hamas o diálogo será impossível, desde logo porque este grupo afirmou que não pretendia dialogar com Israel. Em segundo lugar porque na fundação do Hamas está inscrito o objectivo de destruir Israel, o objectivo de varrer os judeus do médio oriente. Acresce a tudo isto que o Hamas é considerado um grupo terrorista, como a ETA ou outros, pela Europa e EUA, não estando estas duas potências dispostas a dialogar com o mesmo. Todo o diálogo era feito com base dos acordos de Oslo, acordos que o Hamas não reconhece e que pretendia ver anulado.
    Assim, não antevejo um futuro muito risonho naquela zona e, a juntar a tudo isto, a deriva nuclear do Irão, um dos principais financiadores dos terroristas palestinianos, torna o quadro muito mais negro.

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