DROGA EM SEIA - O DE SEMPRE, INFELIZMENTE

Ontem, eram 22.30h, caminhava eu de volta para minha casa.
Subo as escadas que dão acesso ao jardim que se situa entre o tribunal e a casa do cinema.
Mal chego ao cimo das escadas vejo sair do corredor lateral externo do edifício, e que liga o jardim a umas escadas que dão para a Junta de Freguesia, um rapaz a cambalear desorientado que se dirigiu ao meio do jardim, onde não havia ninguém.
Parecia efectivamente desorientado.
Continuei o meu caminho e, quando me assomo ao início desse corredor externo, vejo um homem ao fundo, junto às escadas, falando com outras pessoas.
À medida que me aproximo ele afasta-se do grupo e quando se depara com a minha pessoa diz alto “CUIDADO”. Era o aviso aos restantes.
Quando passo por eles estavam seis ou sete rapazes junto à parede, meio escondidos pelas reentrâncias que ali existem.
A pessoa que os avisou, bem mais velho que os restantes, é conhecido por ser um “velho” toxicodependente, já suficientemente conhecido da polícia, pelo menos como consumidor.
Não me parece que de outra coisa se tratasse senão droga, atento o estado desorientado do primeiro jovem, o conhecido toxicodependente, o aviso de “cuidado” lançado pelo aparecimento de um estranho (eu), e o local onde tudo se passou, há muito conhecido em Seia como um local de consumo de drogas, sendo esse facto pior à noite.
Mesmo que este caso não fosse o que me pareceu, fica o alerta, porque outros sucedem, naquele e em outros locais da cidade, à vista de toda a gente, há largos anos, sem que se note qualquer política social que vise a diminuição do consumo entre os jovens.
É chocante, mas por este andar ela não diminuirá e quem perde são não só os proprios consumidores, bem como as suas famílias, mas também toda a comunidade que perde pessoas válidas na luta contra a droga
Nuno Almeida