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  • quarta-feira, novembro 30, 2005

    quarta-feira, novembro 30, 2005

    CUNHA - ESSA BELA INSTITUIÇÃO NACIONAL

    A cunha é, desde “o tempo da outra senhora”, uma verdadeira instituição nacional que se faz sentir desde os mais pequenos meios até aos mais altos. Queres um emprego? Mete uma “cunha”. Tinhas uma “cunha” e não a usaste? És burro. O outro não teve os teus princípios usou a dele e ficou com o lugar. Tens uma cunha mas não é tão forte quanto a do outro? Estás lixado. Este é o sentimento das pessoas, sempre que querem concorrer a qualquer coisa, seja a emprego, a contratos, ou que quer que seja. O que acontece, é que, de facto, quem não usa as cunhas que tem acaba por ficar para trás. A meritocracia ainda não está instalada em Portugal e mesmo quando os concursos são públicos, a cunha funciona, porque a maravilhosa entrevista como critério final de escolha do candidato faz com que o escolhido seja o da “cunha”. Quantos não se propuseram já a um concurso e lhes foi dito que não valia a pena porque o lugar já tinha dono? Quantos concursos são feitos à medida, com critérios que só uma pessoa preenche, mesmo que não tenham muito a ver com o cargo, para que seja ela a escolhida? A “cunha” está à nossa volta em todo o lado e é ela um dos factores que impede e emperra o desenvolvimento nacional. Não é contratado o melhor, é o que tiver a melhor “cunha”! A comprovar o que acabo de dizer estão os dados do INE, 28% dos empregos obtidos são resultantes de conhecimentos pessoais e não de melhores aptidões para o cargo. É caso para dizer, quem não tem cão, caça com “cunha”.

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