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  • segunda-feira, outubro 31, 2005

    segunda-feira, outubro 31, 2005

    APRAZ-ME DIZER...

    Que a CINEECO mais não é do que um espectáculo de promoção, só não sei bem de quê.
    Que me desculpe o meu amigo Carlos Teófilo, mas a CINEECO não vai no melhor caminho.


    Das Contas
    Contas da CINEECO não há, pelo menos publicamente.
    Eu, enquanto deputado municipal, durante três anos e meio, nunca tive acesso a elas.
    Acedi às contas da Empresa Municipal de Cultura e Recreio e essas não dizem nada, pois são compostas de uma ou duas páginas, com um quadro genérico em que se gasta tanto espaço com as piscinas, como com os espectáculos das Casa do Cinema. (da cultura só por insulto, pois esta tem que ser pensada).
    Todos nós gostávamos de saber os custos reais do festival.
    Quantos almoços foram pagos, quantos jantares, quanto recebe o júri, quantos alojamentos foram pagos, quanto foi pago ao pessoal que está no cinema, quantas pessoas assistiram aos filmes do concurso, quantas pessoas assistiram aos filmes comerciais, sem contar com os alunos das escolas obrigados a vir ver filmes que já viram, quantos, dos que entraram, ficaram até ao fim, etc, etc, etc.
    Esta contabilidade nunca foi pública.
    Assim como não o são outras como a Fiagris (já lá vão quatro meses desde que pedi as contas e nada).
    Era bom que, neste aspecto, houvesse outra transparência.
    Dos Intercâmbios
    Para além disso, os intercâmbios da CINEECO parecem passar a ser o cerne do certame e não propriamente o cinema ambiente em si mesmo.
    Os intercâmbios não são negativos, se forem complementares ao próprio festival e se, com eles, se conseguir melhorar a qualidade do mesmo, subindo, ano a ano, no ranking de festivais e eventos do género, se fomentarem parcerias, se tiverem reflexos na qualidade ambiental, se aumentarem a consciência ecológica da juventude, se aumentarem a preocupação pela poupança da água, se incutirem a necessidade de reciclar, etc, etc, etc.
    Se assim fosse, os intercâmbios não eram criticados.
    Agora não é isso que se passa, pois não vemos melhorias no festival, vemos sim mais intercâmbios.
    Dos Apoios
    E além disso, o que se passa com os apoios?
    Porque é que a sociedade ponto verde não se associa ao festival?
    E a Quercus?
    E a Green Peace?
    E o parque natural?
    E o ministério do ambiente e o da agricultura?
    E o instituto do ambiente?
    E os sites ambientais como o naturlink.pt ou o ambienteonline.pt, entre outros?
    E as revistas como a Tecnologias do Ambiente?
    E a CGD com o seu CrediCaixa Ambiente?
    E a Associação de Engenheiros do Ambiente?
    Etc, etc, etc.
    Foram contactadas estas entidades, ou foram as mesmas do costume.
    E se foram, rejeitaram o patrocínio porquê?
    Mostraram-lhe o projecto?
    Definiram os objectivos?
    Mostraram-lhe o público-alvo?
    Apresentaram estatísticas de assistências dos anos anteriores? (Bem, se o fizeram, já sabemos porque não aceitam patrocinar)
    Etc, etc, etc.

    Da Divulgação
    Um festival tem que ser estruturado, tem que ter um propósito, tem que seguir uma linha, tem que procurar parceiros, mecenas e apoios públicos, tem que cativar o público, tem que transmitir uma mensagem, e, acima de tudo, O PAÍS TEM QUE SABER QUE ELE EXISTE.
    Que me interessa que cineastas da Índia, da Noruega, da Suazilândia ou do Nepal saibam da CINEECO se no prórpio concelho onde o festival é feito, as pessoas lhe estão alheias, assim como toda a zona centro do país (já nem me estico a falar do Norte e do Sul)?
    É incrível, mas se formos ver em Portugal, ninguém sabe que o festival existe.
    Como é possível ao fim de 11 anos?
    E cá, quantas pessoas sabem do festival?
    E quantas vêm ver filmes do concurso?
    E os filmes comerciais, porque é que não são filmes que não tenham passado cá no último ano?
    Porque é que se obrigam crianças a vir ver filmes que já há em DVD e que quase todas já viram?
    Não pode ser.
    O Futuro
    A CINEECO, nestes moldes, pode durar a vida toda, mas de nada serve a Seia e à Nossa Cultura, se continuar como está.
    E para mudar, basta querer, e basta também querer mexer nos interesses instalados que giram á volta do evento.

    As Reacções Negativas do após post
    Amanhã, podem aparecer uma dúzia de pessoa a dizer que estou mal informado, que desconheço, que não sei, etc, etc, etc.
    Mas se é assim, a culpa é de quem não informa, de quem não dá a conhecer, de quem não dá a saber, não é minha.
    Nuno Almeida

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