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  • quarta-feira, dezembro 28, 2005

    quarta-feira, dezembro 28, 2005

    A VIDA DE FESTA EM FESTA

    As pessoas vivem por épocas do ano, tentado levar o barco de época em época, como se cada uma, à sua maneira, fosse uma bóia de salvação da vida que levam. Depois do verão começa a azáfama de se pensar no Natal, que prendas oferecer, e todo rebuliço que causa todo o período de Outubro a 25 de Dezembro, em que as pessoas passam dois meses a pensar o que comprar e a quem para depois fazerem as compras todas na véspera de Natal. Ainda o Natal não chegou é já se planeia o fim de ano, procurando saber com quem, aonde, quanto custa, será que depois do natal ainda tenho dinheiro para isso e dizendo “ò, que se lixe, o crédito dá para tudo” Passado o fim de ano começam os pensamentos no Carnaval, particularmente nas zonas onde é mais tradicional, e saber onde há festas, se há espírito para se mascarar, saber se ainda dá para tirar mais uns “diitas” de férias, e de novo o rebuliço festivaleiro. Passado o Carnaval já só se pensa na Páscoa e se dará tempo de ir à terra beijar o menino, ou se aproveita para uma semanita no Algarve, ou se se fica em casa porque não há dinheiro, mas também não se vai trabalhar, e voltam de novo a pensar com quem passam a Páscoa, e que doces fazer etc.., etc…, etc… Passada que é a Páscoa, já todos estão estoirados e começam a pensar no verão e onde passar férias, e com quem, e quanto custará, e nessa altura lembram-se que ainda andam a pagar o crédito das férias do Natal e dizem “Que se lixe, faz-se outro, não podemos é ficar sem férias”. Assim o bom português leva, com muito sacrifício, esses meses de angústia até ao verão. Passadas que são as férias volta-se ao mesmo, pensando no Natal e por aí em diante, ano após ano.
    Vendo bem as coisas, estas épocas festivas até estão relativamente espaçadas no ano para garantir estes saltos de festa em festa, aguentando o barco, parecendo que foram cirugicamente colocadas nessas datas para permitir viver a pensar na próxima festa ou nas próximas férias.
    Imaginem agora que o Natal, a Páscoa e o Carnaval eram em Agosto, mês onde a maioria das pessoas tira férias e algumas dessas pessoas vão mesmo de férias? Como seria?, Acho que o bom português não aguentaria, e criaria outros eventos, para viver de festa em festa e assim poder esquecer a miséria em que está o país.

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